Nordic Edtech News #140 - Learnbase

Apresentam:

Notícias Educacionais dos Países Nórdicos e Bálticos

De mudanças em políticas e lançamentos de produtos a rodadas de investimento e tendências de mercado, esta é a forma mais inteligente de acompanhar o ecossistema EdTech nos países nórdicos e bálticos. Ainda não assinou? Entre para a lista agora.

Neste recente relatório do Escritório Nacional de Auditoria da Noruega, sobre materiais didáticos, são escancarados os desafios enfrentados por escolas, editoras e pela comunidade EdTech na Noruega e em outros países nórdicos.

O espaço aqui é curto para abordar todos os pontos, mas aqui vai um resumo:

• Estudantes e professores não têm acesso adequado a materiais didáticos.

• 9 em cada 10 professores noruegueses disseram que sua escola não tem recursos para adquirir os materiais de que precisam.

• Governos municipais e regionais não compram materiais e equipamentos que atendam às necessidades das escolas.

• O Ministério da Educação não garante a produção de materiais que contemplem todos os estudantes e disciplinas.

• Professores não têm liberdade suficiente para escolher entre materiais impressos e digitais.

• Muitos professores consideram que não têm tempo suficiente para se familiarizar com materiais digitais e como usá-los em aula.

• Faltam pesquisas sobre o uso de materiais digitais nas escolas e sobre seu impacto pedagógico.

O relatório recomenda que o Ministério da Educação "dissemine mais conhecimento sobre o uso de materiais impressos e digitais nas escolas e sobre como isso afeta a aprendizagem dos alunos".

Em resposta, a Ministra da Educação, Kari Nessa Nordtun, afirmou: "Mesmo assim, iniciarei estudos para avaliar os prós e contras de possivelmente legislar o direito ao livro didático impresso na educação obrigatória." Curiosamente, nenhuma menção semelhante foi feita aos recursos digitais, apesar de o relatório destacar que os estudantes noruegueses passam bastante tempo usando esse tipo de material — e que esse uso só aumenta.

Fredrik Syversen, da TEK Norge, comentou: "Vemos o relatório da Auditoria como um guia importante para uma digitalização mais orientada das escolas. Não há dúvida de que precisamos fortalecer a competência digital dos professores para aproveitar ao máximo os materiais digitais."

Como mencionado na edição anterior, a Finlândia também enfrenta grandes desafios de acesso, principalmente por cortes orçamentários. Também há indícios de que muitos materiais impressos estão em más condições, e que os professores têm gastado tempo demais produzindo e adaptando materiais, o que acaba deixando menos tempo para ensinar, aprender e praticar competências.

Na Suécia, a retirada de ferramentas digitais da educação infantil continua dividindo opiniões. Em sua resposta mais recente, a SKR (associação das prefeituras e regiões suecas) alertou que "há grande risco de aumento das desigualdades entre crianças de diferentes escolas e contextos familiares".

Foram anunciados planos para a criação de um novo secretariado de IA na Suécia, responsável por desenvolver uma estratégia nacional. Em artigo sobre o tema, o Ministro de Assuntos Civis, Erik Slottner, citou um dos usos previstos para a IA: detectar dificuldades de escrita nas escolas, ainda em estágios iniciais. Será que isso representa, enfim, um reconhecimento do potencial transformador da IA na educação? Ou apenas mais um sinal de estratégias confusas? Vamos acompanhar.

Apesar desses desafios, as maiores empresas EdTech da região seguem apresentando bons resultados, conforme os balanços do primeiro semestre:

• A AcadeMedia segue expandindo na Europa com aquisições na Alemanha e na Holanda. Segundo seus dados, é hoje o maior grupo de escolas independentes da Europa. (Link)

• A Albert teve queda de 16% na receita líquida no 2º trimestre (SEK 41,6 milhões), principalmente por redução nas vendas B2B de produtos físicos avulsos, especialmente na América do Norte. Em contrapartida, a receita recorrente anual (ARR) cresceu 6% e chegou a SEK 139,5 milhões, impulsionada pela expansão do modelo B2C com assinaturas. (Link)

• A Shape Robotics destacou o desempenho dos últimos 12 meses: receita recorde, EBITDA recorde e lucro líquido positivo de DKK 13,5 milhões. (Link)

• A Skolon anunciou a criação de uma nova unidade de negócios na Alemanha. (Link) No primeiro semestre, teve crescimento de 36,7% na receita líquida (SEK 87 milhões) e aumento de 23,6% no número de usuários pagantes (961.679).

DINAMARCA

• Professor influencer soma mais de 30 milhões de visualizações com seus conteúdos educacionais. (Link)

• "Editoras comemoram": governo decide remover o IVA (imposto sobre valor agregado) dos livros. (Link)

• Piloto liderado pelo governo testa novos formatos de prova em inglês no STX (ensino médio), com e sem uso de ferramentas digitais e IA. (Link)

• A Attender está agora presente em clientes nos 4 continentes: América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. (Link)

• Vazamento de dados na KOMiT (fornecedora de TI para instituições de ensino superior e formação geral) expôs informações de 165 mil pais e estudantes. (Link)

ESTÔNIA

• A sueca Imvi Labs fez parceria com a Silmatark para levar treinamentos de visão binocular à Estônia. (Link)

• A Triumf Health, que oferecia apoio em saúde mental infantil via game, entrou com pedido de falência. Vai seguir como ONG baseada em projetos. (Link)

FINLÂNDIA

• A Annie Advisor ajudou o Diakonia College a aumentar o número de formandos com suporte proativo. (Link)

• A Bloom World Academy (Emirados Árabes) será a primeira escola a adotar o currículo AI Creator da Code School Finland. (Link)

• A Eduten está transformando o ensino de matemática no Laos e no Uzbequistão.

• A Focus Tiger será usada como apoio psicossocial no tratamento de TDAH em 300 pacientes da Finlândia Sudoeste. (Link)

• A GraphoGame foi selecionada para o programa MASSIV da Mastercard Lighthouse, voltado a impacto social. (Link)

• A ILT Education confirmou planos de levar o Aski Raski à Finlândia, apoiando a alfabetização inicial. (Link)

• Em piloto, a Learnsy estimula colaboradores a se comprometerem com trabalho responsável por meio da aprendizagem. (Link)

ISLÂNDIA

• A Moombix foi nomeada uma das 8 startups islandesas para ficar de olho em 2025 pela Tech.eu. (Link)

LETÔNIA

• Programa nacional de pesquisa sobre IA na educação será lançado com foco em projetos práticos, oficinas e produção de materiais didáticos. (Link)

LITUÂNIA

• No início do novo ano letivo, o governo liberou mais €10 milhões para compra de livros didáticos. 16 mil novos laptops também chegarão às escolas até outubro. (Link)

NORUEGA

• Vineet Sharma volta ao setor como novo diretor da Aschehoug Utdanning. (Link)

• Ingrid Skrede (Ludenso) fala sobre como estão "dando vida aos livros com IA e AR".

• A Eduplaytion (criadora do game de matemática Numetry) triplicou sua receita e levantou quase NOK 3 milhões. (Link)

• A SIKT atualiza o setor de ensino superior sobre novas soluções para ambientes digitais de aprendizagem. (Link)

• Conteúdos da Videocation passam a integrar a plataforma Glup, da Visma Smartskill. (Link)

• Novo relatório mostra que a adoção do Visma InSchool não gerou ganho de tempo para atividades pedagógicas no ensino médio. (Link)

SUÉCIA

• "Como os estudantes driblam a proibição de celulares na escola."

• A Assessio adquiriu a Elevo, HR Tech francesa focada em desempenho e gestão de talentos. (Link)

• Recursos de Estudos Sociais da Digilär para o ensino médio agora contam com chat de IA. (Link)

• A Kattalo recebeu apoio da SPSM para estudar como tornar materiais mais acessíveis a estudantes com necessidades específicas. (Link)

• A Nuroe lançou app de treino cognitivo que "rivaliza com o ensino tradicional em eficácia". (Link)

• A Sana Labs lançou o Studio Card, que permite criar experiências interativas com IA a partir de comandos simples. (Link)

• A TimeEdit segue crescendo na Austrália e agora atende a Universidade de Canberra com sua plataforma de operações acadêmicas. (Link)

Até a próxima!